segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Leandro Quadros e o livro Na Mira da Verdade



Esta entrevista foi originalmente publicada no site do Michelson Borges - www.criacionismo.com.br - e agora a reproduzimos por aqui:


Leandro Quadros
Leandro Soares de Quadros nasceu em Palmeira das Missões, RS, em 16 de junho de 1979. Formado em Comunicação Social, pós-graduado em Jornalismo Científico, atualmente ele cursa o mestrando em Teologia na Argentina. Leandro foi instrutor bíblico durante oito meses, em 1999. Depois foi para a rede Novo Tempo de comunicação, onde atuou como consultor bíblico, conselheiro espiritual, produtor e apresentador de TV e rádio. A esposa se chama Nayara e eles têm uma filhinha que completa um ano neste mês, a Yasmin. “O prazer de minha vida é estar com minha esposa, filhinha e dar boas risadas com meus irmãos, pais, avós e cunhados”, diz ele. 

O apresentador do programa “Na Mira da Verdade”, um dos mais apreciados da TV Novo Tempo, gosta de jogar futebol, mas a leitura é sua atividade preferida. “Estou sempre sublinhando uma Bíblia nova (estou na quinta Bíblia) para memorizar novos textos e fazer novas cadeias de textos para estudo. Dá-me grande paz ao coração ler os escritos de Ellen White, nos quais posso aprender novas referências bíblicas para estudar as verdades divinas e conhecer mais sobre mim mesmo, para saber lidar com minhas emoções”, diz. Seu livro preferido é a Bíblia e, mesmo lendo outros materiais excelentes, ele nunca deixa de priorizar a Palavra de Deus.

“Aprecio livros apologéticos e uma boa teologia sistemática. Um livro que me ajudou muito em meu trabalho foi o Questões Sobre Doutrina, da Casa Publicadora Brasileira. Os que transformaram minha vida foram: Vida de Jesus, Caminho a Cristo, Mente, Caráter e Personalidade (v. 1 e 2), Parábolas de Jesus e O Desejado de Todas as Nações, todos de Ellen White.

Nesta entrevista, concedida ao jornalista Michelson Borges, Leandro Quadros fala um pouco mais de sua vida e atividades:

Você não nasceu em lar adventista. Conte como foi sua conversão.
Não sou de família adventista, porém, hoje meu pai é batizado (meu irmão é adventista desde 1996, assim como eu) e minha mãe, irmã e avós estão com o coração mais sensível ao evangelho. O que fez com que me convertesse foi uma experiência sobrenatural que tive com Deus (a conversão não necessita de uma experiência incomum para ocorrer). Em 1996, eu voltava de um treino de futebol quando, ao parar na frente da Igreja Adventista, senti uma vontade enorme de entrar. Pensei: Não posso ir a essa igreja do jeito que estou – de bermuda, chuteira, camiseta e cabelo comprido na altura do ombro. Vou embora. Ao dar dois passos (lembro-me como se fosse hoje), ouvi uma voz em minha mente dizendo: “Se você não entrar na igreja hoje se arrependerá depois.” Isso me assustou e decidi ser obediente.

Fui muito bem recebido e me sentei no penúltimo banco da igreja em Palmeira das Missões, RS. Ao ouvir o pastor falar sobre o batismo de Jesus, senti um forte desejo de ser batizado e de expressar publicamente minha fé nEle. Por incrível que pareça, mesmo tendo uma baixa autoestima tal que me impedia de levantar o braço numa sala de aula para fazer perguntas, fui até a frente do jeito que estava e aceitei a Cristo como meu Salvador pessoal. Estudei a Bíblia durante três meses, fui batizado e hoje estou aqui.

Lembro-me de que, no início daquele “primeiro amor”, estudei a Bíblia por 20 horas seguidas, ao ponto de minha mãe pensar que eu estava virando um fanático. Hoje ela e eu sabemos que Deus estava dando início ao meu preparo para o tipo de trabalho que realizo.

Minha vida sofreu uma transformação drástica. Um indivíduo que só pensava em futebol e que não conseguia conversar com a própria mãe sobre os problemas pessoais hoje se dedica à pesquisa e apresenta um programa ao vivo. A religião me tornou mais culto e deu um sentido real à minha vida. Fez-me amar mais as pessoas e a valorizar minha família.

http://www.leandroquadros.com.br
O que mais lhe chamou a atenção na mensagem adventista?
O embasamento que essa mensagem tem na Bíblia. Fiquei impressionado com o respeito que a Igreja Adventista tem para com o texto bíblico a ponto de usar vários deles para entender um único assunto. O estudo sistemático da Bíblia como é feito na Igreja Adventista chamou-me muito a atenção. Além disso, a forma como as pessoas me receberam na igreja mostrou-me que a maioria dos adventistas vive aquilo que prega, ou seja: pregam o amor de Cristo e amam as pessoas do jeito que elas são (Jo 13:35).

E seu gosto pela apologética, como começou?
Foi aos poucos. Logo que me tornei adventista, passei a dar estudos bíblicos de casa em casa e também no presídio de minha cidade natal. Quatro anos após minha conversão, fui trabalhar na Escola Bíblica, departamento que atende os interessados dos programas da TV Novo Tempo. Ali, ao responder dúvidas bíblicas por correspondência, e-mails e por telefone, fui me deparando com as mais diversas objeções à fé cristã e ao adventismo. Isso me levou a estudar mais ainda a Bíblia; a ir atrás de boas fontes e, no decorrer das respostas e debates, ao ver que minha fé era solidificada ainda mais ao comprovar biblicamente minhas convicções, peguei gosto pela apologética e hoje faço dela parte de meu ministério.

Fale sobre seu chamado para trabalhar na Novo Tempo e o começo do programa “Na Mira da Verdade”.

O “Na Mira da Verdade” nasceu da vontade de meu amigo Tito Rocha ter na grade de programação da Novo Tempo (NT) um programa de estudo da Bíblia. Logo que o pastor Odailson Fonseca chegou à NT, ele também tinha o desejo de colocar algo novo na programação e, ao ver-me citar de memória algumas referências bíblicas em um culto matinal na NT, convidou-me para encarar o desafio de apresentar ao vivo um programa de respostas a dúvidas bíblicas. Aceitei e, pela graça de Deus, no dia 25 de março de 2009, o programa foi ao ar pela primeira vez e hoje é um dos que têm maior audiência na TV Novo Tempo, apesar da “pouca idade”.

Com pouco mais de dois anos de existência, o “Na Mira” matriculou 38.452 novos alunos para estudar a Bíblia (nos seis primeiros meses deste ano de 2011, foram matriculados 10.645 estudantes). Atualmente, é o programa que mais traz pedidos de cursos bíblicos para a Escola Bíblica da Rede Novo Tempo, com uma média de 1.800 por mês.

Nosso blog tem uma média de 34 mil visitas por mês (com 90 mil páginas visitadas) e, desde janeiro deste ano até início de julho, os vídeos disponíveis na página novotempo.com/videos/namiradaverdade tiveram 119 mil acessos.

Tito e eu nos damos muito bem e sentimos que Deus tem atuado em nossa vida para que tenhamos aquele “sincronismo”. Ele tem sido fundamental para o êxito do “Na Mira”, pois, graças a ele, nunca começamos um programa sem antes fazer um breve culto de reflexão e orarmos pela equipe e pelas pessoas que manterão contato com a Bíblia.

O “Na Mira” tem tido boa aceitação do público. Acha que isso revela a carência da igreja de uma apologética mais popular e o interesse do público em geral por temas bíblicos?
Sua pergunta revela sua sensibilidade para detectar alguns dos reais problemas que enfrentamos. O público se interessa por temas bíblicos porque quer ter suas dúvidas esclarecidas. As pessoas têm sede de entender a Bíblia. Ao mesmo tempo, nossa igreja está carente na área apologética. Saímos de um extremo (apologética agressiva) para outro (quase zero de apologética) e isso tem se refletido negativamente em nossas igrejas. Vemos membros que não sabem defender os pilares da fé e muito menos as doutrinas distintivas do adventismo (santuário e juízo investigativo, imortalidade condicional do ser humano, dom profético manifestado na pessoa de Ellen White e reforma de saúde).

Creio na importância de materiais devocionais para animar os membros na fé. Porém, a ênfase exagerada no devocional – que não leva ao estudo sério da Bíblia – está produzindo adventistas “anêmicos” espiritualmente e despreparados para enfrentam os duros ataques doutrinários que ainda virão.

Conte-nos algumas experiências marcantes relacionadas com seu trabalho na Novo Tempo.
Temos tido muitas histórias de conversões e de pessoas aceitando as verdades bíblicas defendidas pelos adventistas. As histórias mais recentes são a da Dra. Ana Periotto, médica cardiologista que, por intermédio do programa e dos artigos apologéticos do blog, abandonou o pentecostalismo e hoje é adventista do sétimo dia na cidade de Santos, SP.

Há algumas semanas, o amigo Matheus Amaral foi batizado em São José dos Campos, SP, por influência direta do programa. Ela era seminarista e decidiu-se pelo adventismo depois de ter sido confrontado com a Bíblia.

Uma pastora pentecostal que mora em Barreiras, BA, após assistir a uma explicação que dei sobre o dom de línguas, decidiu reler Atos 2 – texto sobre o qual ela havia pregado tantas vezes – e, depois de relutar bastante, deixou de lado o falso dom de línguas e hoje é uma líder fervorosa na Igreja Adventista do Sétimo Dia. 

Há ateus que acompanham o “Na Mira” e inclusive estão estudando a Bíblia conosco. Um deles me disse: “Olha, não creio em Deus e não gosto de religião alguma. Porém, no horário do programa não recebo nem visitas em minha casa.”

Já recebi contato de três pessoas que abandonaram a maçonaria por intermédio do programa. Conheço a história de dois ex-mórmons e vários ex-pastores e ex-testemunhas de Jeová, entre eles a de um professor de História que, mesmo tendo lido a Bíblia 11 vezes, disse-me por e-mail que agora, sim, conhecia a verdade e que está se tornando adventista.

Lembro-me de uma vez ter chegado a uma igreja em que uma senhora me abordou, dizendo: “Leandro, eu tinha uma raiva enorme do seu programa, pois eu era testemunha de Jeová. Porém, graças ao ‘Na Mira’, hoje estou aqui como membro da Igreja Adventista.”

Há muitas outras histórias. Tenho divulgado essas histórias maravilhosas na newsletter da Novo Tempo, publicada mensalmente. No blog (www.namiradaverdade.com.br) há muitos depoimentos de pessoas que têm aceitado as verdades bíblicas e tido outra visão sobre o adventismo por causa do trabalho apologético que fazemos também pela internet. Por meio dos artigos do blog, várias pessoas foram batizadas (entre elas, a Dra. Ana Periotto), o que me leva a crer que o problema não está na mensagem apologética e apocalíptica que apresentados, e sim na maneira pela qual tornamos nossa mensagem acessível às pessoas. 

Vejo evidência disso também no número de alunos que matriculamos para estudar a Bíblia por correspondência (como dito anteriormente, pouco menos de 39 mil alunos).

Por que resolveu cursar jornalismo científico e o que está achando do mestrado na Argentina?
Cursei jornalismo científico porque creio não haver dicotomia entre boa ciência e religião. Durante a graduação, percebi que poderia ser um religioso e, ao mesmo tempo, divulgar a ciência e a tecnologia (função do jornalismo científico). Além disso, as técnicas de comunicação do jornalismo científico são muito úteis na hora de comunicarmos. Como sou um comunicador no rádio e na TV (bem como na web), percebo que técnicas aprendidas na pós-graduação podem ser perfeitamente usadas para comunicarmos a mensagem da Bíblia, que trará esperança ao nosso mundo em crise.

O mestrado na Argentina (em Teologia) é de excelente nível. Além de poder me familiarizar com o idioma, estou tendo a oportunidade de aprender com grandes mestres, além de poder ser orientado em minha dissertação por um dos maiores teólogos que temos no mundo, o Dr. Alberto R. Timm. 

O título do meu trabalho é “Críticas aos adventistas na literatura não adventista brasileira”. Vou apontar as distorções históricas, doutrinárias e aquelas feitas sobre nosso estilo de vida adventista. Creio que será um trabalho útil para a igreja e, ao mesmo tempo, uma grande oportunidade para o público protestante ver o grande número de “bolas foras” que os apologistas brasileiros dão quando o assunto é adventismo.

Quais seus planos futuros.
Quero contribuir para aumentar a área de atuação do programa “Na Mira da Verdade” e do “Lições da Bíblia”, que apresento no rádio. Além disso, tenho um grande sonho de continuar publicando meus livros apologéticos e de cursar um doutorado (se assim Deus o permitir).

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Um comentário:

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